O QUE É?
O brainstorming é uma técnica de dinâmica de grupo através
da qual um grupo de cerca de 12 pessoas partilha ideias sobre um determinado
tópico [1]. O objetivo é incentivar a uma discussão aberta, sem críticas, de
forma a gerar ideias criativas sobre potencias produtos, serviços ou soluções
para um dado problema.
A técnica foi popularizada em 1953 pelo publicitário
executivo Alex Faickney Osborn, no seu livro Applied Imagination. Frustrado
pelo facto dos seus funcionários não terem ideias inovadoras para a criação de
novas campanhas publicitárias, Osborn começou a realizar sessões em grupo para
partilha de ideias e notou uma melhoria significativa na qualidade das
propostas dos colaboradores. Entretanto, o conceito foi popularizado pelo mesmo
como Brainstorming [1,2].
A técnica compreende três fases fundamentais e rege-se por
dois princípios fundamentais.
AS 3 FASES
1. Geração de ideias: Os participantes geram novas ideias ou
soluções em torno de um domínio específico de interesse, sem críticas nem
julgamentos. Todas as ideias são anotadas.
2. Esclarecimento: Esclarecem-se eventuais dúvidas e/ou
detalhas sobre as ideias propostas.
3. Avaliação: As ideias são avaliadas e selecionam-se as
melhores e mais promissoras.
PRINCÍPIOS
Osborn enunciou dois princípios fundamentais [1] para o
sucesso do Brainstorming:
• Adiar o julgamento – sem julgamentos, os participantes sentem-se
mais à vontade para gerar ideias criativas.
• Alcançar a quantidade – quanto mais ideias forem
propostas, maior a probabilidade de encontrar uma boa ideia.
RECOMENDAÇÕES
Para melhorar a eficácia do Brainstorming devem seguir-se as
seguintes recomendações [3]:
• Dar importância e considerar as ideias de todos os
participantes
• As sessões devem ter pausas para que os participantes
tenham tempo para pensar em novas ideias conforme o decorrer da sessão
• Evitar pressões sobre os participantes, visto que isso
poderá comprometer a qualidade das ideias propostas
• A sessão deve ser facilitada por intermédio de um líder
que coordene o grupo e que tenha capacidade para motivar as pessoas
BIBLIOGRAFIA
[1] Osborn, A. F. (1963) Applied imagination: Principles and
procedures of creative problem solving (Third Revised Edition). New York, NY:
Charles Scribner’s Sons;
[2] Lehrer, J. (2012, Jan 30). GroupThink. The New Yorker.
Disponível em <https://www.newyorker.com/magazine/2012/01/30/groupthink>;
[3] Forsyth, D. R. (2018). Group Dynamics. USA: Cengage
Learning. 7th ed.
Nota: post publicado com a colaboração de Daniela Meira da Unidade da Qualidade e Inovação
Sem comentários:
Enviar um comentário