segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Cartas de Controlo



O QUE É?
Um gráfico de controlo, ou carta de controlo, é uma das 7 ferramentas básicas da qualidade que permite avaliar se um processo está ou não estável. Assim, é uma ferramenta de natureza estatística frequentemente utilizada para a análise, monitorização e controlo de um processo produtivo [1,2].
Como se observa na imagem, consiste num gráfico com valores que marcam o estado do processo relativamente a uma característica da qualidade que foi medida (ou calculada a partir de uma amostra). O gráfico contém uma linha do limite central (LC), que representa o valor médio da característica da qualidade correspondente ao estado de controlo, em conjunto com as linhas referentes ao limite superior de controlo (LSC) e ao limite inferior de controlo (LIC).
Quando os valores estiverem compreendidos entre o LIC e o LSC, considera-se que o processo está sob controlo. Caso existam valores fora dos limites de controlo, então o processo está fora de controlo, ou seja, estão a atuar sobre ele causas assinaláveis, sobre as quais devem ser aplicadas ações corretivas.

COMO ELABORAR?
Os gráficos de controlo por variáveis, como é o caso dos gráficos para a média ( ) e amplitude da amostra (R), são utilizados para variáveis contínuas (ex: espessura).
A sua elaboração compreende várias etapas [1]:
1.     Recolha de dados: Extrair periodicamente 20 a 25 pequenas amostras do processo, compostas por 4, 5 ou 6 itens.
2.    Cálculo da média ( ) e amplitude (R) para cada uma das amostras.
3.    Cálculo da média das médias das amostras ( ) e a média das amplitudes ( .
4.     Cálculo dos limites de controlo.
5.    Elaboração dos gráficos.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS [1]
·        Melhoria da produtividade
·        Eficácia na prevenção de defeitos
·        Impedem o ajuste desnecessário do processo
·        Fornecem informações de diagnóstico
·        Fornecem informações sobre a capacidade do processo

BIBLIOGRAFIA
[1] Montgomery, D. C. (2009). Introduction to statistical quality control. John Wiley & Sons, Arizona State University, 6th Edition;
[2] Pyzdek, T. (2003). The six sigma handbook. New York, NY: McGraw-Hill Education.


Nota: post publicado com a colaboração de Daniela Meira da Unidade da Qualidade e Inovação

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