Devido ao seu elevado teor em elementos de liga, os
duplex, demonstram uma eminente propensão à formação de fases secundárias. O
efeito da precipitação de algumas destas fases, nas suas propriedades mecânicas
e de resistência à corrosão pode ser desastroso.
As fases secundárias mais vulgarmente formadas são a fase
σ, os nitretos de crómio e a austenite secundária. A fase σ é provavelmente a
fase secundária mais prejudicial às características dos duplex.Esta fase intermetálica pode formar-se mesmo em ligas de muito baixo crómio e a interface ferrite/ austenite é um local preferencial da sua nucleação.
Os ensaios descritos na norma ASTM A923 – métodos de ensaio normalizados para detecção de fases intermetálicas em aços inoxidáveis duplex, permitem detectar a presença de fases intermetálicas em aços inoxidáveis duplex para deformação plástica.
O método A baseia‑se numa análise metalográfica antecedida por um ataque electrolítico com NaOH para identificar as amostras livres destas fases, segundo um critério de aceitação baseado na espessura das fronteiras de grão austenítico. Este método pode preceder os métodos B e C como forma de rastreio.
O método B descreve um procedimento para conduzir o ensaio de Charpy como um método de detecção de precipitação de fases intermetálicas em aços inoxidáveis duplex. Este procedimento aqui aplicado é diferente do habitualmente aplicado para caracterização do material.
O método C estabelece um procedimento de imersão da amostra numa solução ácida, oxidante, de FeCl3 durante 24h horas a temperaturas entre os 22°C e 40°C, conforme o material a ensaiar. Após ensaio a amostra é observada para identificação de ocorrência de eventual ataque localizado e determinada a sua perda de massa com uma precisão não inferior a 0,001 g.
Joana leal
Laboratório de Ensaios - Metalografia
Ver "posts" anteriores:
Aços Inoxidáveis Duplex - parte I
Os Aços Inoxidáveis Duplex, Superduplex e Hiperduplex (Parte II)
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