segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Segurança de Máquinas, reunião do ISO/TC 30 SC10

Decorreu nos dias 14 e 15 deste mês de Outubro, nas instalações da VDMA, em Frankfurt, a reunião plenária do comité internacional de normalização ISO/TC 30 SC 10 – Machine tools – Safety. De referir que o plenário deste comité não se reunia desde 2009 porque, para tanto não houve necessidade desde então.
Na reunião estiveram 25 pessoas, em representação de 10 países (Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos da América, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça. Portugal esteve representado pelo presidente da CT 40, suportada pela ONS CATIM, Eng. Alberto Fonseca. De salientar que alguns países, a Alemanha e o Japão, por exemplo, integravam nas suas delegações pessoas provenientes dos fabricantes de máquinas-ferramentas, cuja participação nestas reuniões, pelo saber e saber fazer, é sempre uma mais valia.
De entre os muitos assuntos constantes da agenda destacam-se:
- O trabalho do WG 1 que está empenhado em fundir as normas do ISO e do CEN, sobre segurança das prensas mecânicas, hidráulicas e pneumáticas, tendo em vista a publicação de normas comuns EN ISO aplicáveis a estas máquinas.
 
- Gerou um interessante, aceso e frutífero debate a questão relacionada a apreciação do risco nos tornos, em particular, e nas máquinas em geral. Foram apresentadas duas versões do  procedimento de Risck Assessment, uma mais alargada que outra, com o objectivo de harmonizar, e de algum modo “universalizar”, as cláusulas correspondentes em todas as partes da norma ISO 23 125 – Machine tools –Safety – Turning machines. Estas versões foram amplamente discutidas tendo o plenário decidido pela não “universalização” do procedimento e remetido para os grupos de trabalho, onde tomam parte peritos que bem conhecem as máquinas, a tarefa de adequar a cada caso o procedimento de apreciação e análise de riscos.
- Foi igualmente objecto de aprofundada discussão a questão levantada, também no seio do WG3, relacionada com o “modo especial de funcionamento” dos tornos e das máquinas em geral. Embora a maioria dos presentes tenha levantado sérias reservas à possibilidade de as máquinas disporem deste modo de funcionamento, o qual, pelos seus propósitos permite a operação com a inibição de funções de segurança, o plenário acabou por concluir que, em certos casos o “modo especial” é necessário e adoptou uma resolução no sentido de o WG3 elaborar a parte 2 da ISO 23 125 sob a forma de Relatório Técnico cujo título é Examples for the application of optional special mode for manual interventivon under restricted operation conditions
 
- Outro aspecto não menos debatido foi a proposta apresentada pela delegação chinesa, e apoiada pela japonesa, para elaboração de uma especificação técnica (IEC/TS 60 204-34) sobre os requisitos de segurança eléctricos aplicáveis às máquinas ferramentas, argumentando que o objectivo desta especificação técnica era, fundamentalmente, ensinar estas matérias na “grande China”, onde, contrariamente ao que acontece na Europa, as dificuldades de divulgação e disseminação deste conhecimento existem. Vários países exprimiram a sua preocupação com a possibilidade de se vir a elaborar e adoptar o documento proposto pela China, tendo o plenário decidido que será mais ajustado elaborar um guia de aplicação da norma IEC 60 204-1, sob a forma de Relatório Técnico e adoptou uma resolução nesse sentido solicitando ao ISO/TC 39 que transmita esta resolução ao comité electrotécnico internacional IEC/TC 44.
A próxima reunião plenária do ISO/TC 39 SC10 ficou agendada para 2016, em data e local a definir posteriormente.

Mensagem: colaboração Alberto Fonseca

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