Prática B: ensaio em solução de Sulfato de ferro-ácido Sulfúrico
A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos de grão, observando-se que os grãos vão sendo destacados à medida que a corrosão se propaga.
O principal factor responsável pela diferença na resistência à corrosão da matriz (material no meio do grão) e do material vizinho ao contorno de grão, é a diferença que apresenta a composição química nestes locais.
No caso da corrosão intergranular dos aços inoxidáveis, a diferença na composição química deve-se à formação de uma zona empobrecida em crómio nas vizinhanças dos contornos de grão, em consequência da precipitação de carbonetos de crómio.
A formação desta zona empobrecida em crómio chama-se sensibilização, porque torna o material sensível à corrosão intergranular.
O exame metalográfico por si só geralmente, não é
capaz de detectar a susceptibilidade à corrosão intergranular, sendo necessária
a realização de ensaios específicos para esta finalidade.
Existem diversos ensaios para se verificar a
susceptibilidade à corrosão intergranular, sendo que os mais comuns se
encontram descritos na norma ASTM A 262. Um destes, a prática B, baseia-se na determinação da perda de massa, o que permite o cálculo da taxa de corrosão do material, possibilitando assim uma avaliação quantitativa do desempenho relativo do material ensaiado.
Neste procedimento as amostras são submetidas a um ensaio de imersão numa solução fervente de sulfato de ferro - 50% ácido sulfúrico por 120 horas (5 dias). Este procedimento avalia a susceptibilidade de um aço inoxidável ou de uma liga de níquel ,à corrosão intergranular associada à precipitação de carbonetos de crómio nas fronteiras de grão.
Colaboração no post: Joana Leal, Laboratório de Ensaios
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