O QUE É?
A
Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA) é uma ferramenta de gestão do risco utilizada com o propósito de diminuir as falhas nos produtos, processos e
sistemas. O objetivo é identificar, priorizar e analisar potenciais falhas [1],
de forma a propor ações de melhoria e evitar a sua ocorrência.
TIPOS DE FMEA
Existem
vários tipos de FMEA consoante o tipo de aplicação: FMEA de Produto (ou de
conceção/design), FMEA de Sistema,
FMEA de Processo, FMEA dos Serviços e FMEA de Software [3].
· FMEA de Produto (DFMEA): Considera-se as falhas que poderão ocorrer no produto, que o
possam tornar não conforme com as especificações do projeto.
·
FMEA de Processo (PFMEA): Considera-se as falhas que poderão ocorrer no planeamento do processo,
de forma a evitar não conformidades do produto com as especificações do projeto.
COMO
ELABORAR?
A análise FMEA pressupõe
várias etapas:
1.
Definição do âmbito e objetivos de estudo
2.
Constituição da equipa (deve ser multidisciplinar)
3.
Caracterização do sistema/produto/processo
em análise
4.
Decomposição do sistema/produto/processo
em componentes ou etapas
5.
Definição da função de cada componente ou
etapa
6.
Para cada componente ou etapa, elaborar o formulário FMEA de acordo com a
sequência abaixo descrita (ver imagem):
a)
Como pode cada componente falhar? – Modos
de falha
b)
Quais os efeitos potenciais desses modos
de falha? – Efeitos das falhas
c)
Atribuição de um valor para a Gravidade (G) ou severidade de cada modo de falha, que consiste numa
avaliação quantitativa da gravidade dos efeitos
d)
Que mecanismos podem produzir esses modos
de falha? – Causas das falhas
e)
Atribuição de um valor para a
probabilidade de Ocorrência (O) de
cada modo de falha
f)
Como é detetada e prevenida a falha? –
Mecanismos de deteção e prevenção
g)
Atribuição de um valor para a
probabilidade de Deteção (D) de cada
modo de falha
h)
Cálculo do Número de Prioridade de Risco (NPR) ou Risk Priority Number (RPN) para cada modo de falha (produto da Gravidade,
Ocorrência e Deteção: NPR = G x O x D)
i)
Ações corretivas propostas para os modos
de falha com elevado valor de RPN
j) Seleção das ações a implementar e cálculo
do RPN e seus elementos após implementação das ações
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS [3]
·
Permite sistematizar o processo de documentação
das falhas nos produtos, processos e sistemas
·
Melhora o conhecimento sobre determinado produto
ou processo
·
Possibilita uma redução de custos ao prevenir potenciais
falhas
·
Facilita a alocação de recursos pela
priorização das falhas com um maior risco associado
Sem comentários:
Enviar um comentário