quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Matriz consequência/probabilidade



Fonte: NP EN 31010:2016

O QUE É?
A matriz de riscos, ou matriz consequência/probabilidade, é uma das técnicas de apreciação do risco sugerida pela NP EN 31010:2016. Esta matriz combina a classificação qualitativa ou semi-quantitativa da consequência e da probabilidade para definir um nível ou classificação do risco, permitindo uma priorização dos riscos. Como se observa na imagem, a matriz apresenta nos seus eixos escalas de consequência/impacto e probabilidade de ocorrência, sendo que a região a vermelho engloba os riscos que devem ser tratados prioritariamente [1,2].

COMO ELABORAR?
·        Escala da consequência: Estabelecer uma escala da consequência que compreende uma gama dos diferentes tipos de consequência a considerar (ex: segurança, ambiente), desde as menos graves às mais graves.
·        Escala da probabilidade: Estabelecer uma escala da probabilidade de ocorrência que abrange o domínio relevante para a situação em causa (ex: Classes: A – Provável, B – Possível, C – Improvável, D – Raro, E – Remoto)
·   Matriz de classificação de riscos:  Elaborar uma matriz que correlaciona as escalas da consequência e probabilidade, estabelecendo assim os níveis de classificação de risco (ver imagem).
·    Análise dos riscos: Atribuir uma pontuação nas escalas de consequência e probabilidade aos riscos identificados, determinar a sua posição na matriz e agir em conformidade, dependendo do nível de classificação de risco.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
·  Diferenciação dos riscos de elevada probabilidade/baixo impacto e elevado impacto/baixa probabilidade
·        Comparação visual pareada dos riscos
·        Fácil de utilizar
·        Permite uma ordenação rápida dos riscos, facilitando a sua priorização

LIMITAÇÕES
·        É difícil utilizar a mesma matriz em diferentes circunstâncias
·        Dificuldade em definir escalas pouco ambíguas
·        Subjetividade na avaliação dos riscos, o que leva a variações entre os classificadores

BIBLIOGRAFIA
[1] IPQ - Instituto Português da Qualidade (2016). NP EN 31010:2016. Gestão do risco – Técnicas de apreciação do risco;
[2] Anthony (Tony) Cox Jr, L. (2008). What's wrong with risk matrices?. Risk Analysis: An International Journal, Vol. 28(2), pp. 497-512.

Nota: post publicado com a colaboração de Daniela Meira da Unidade da Qualidade e Inovação

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