A corrosão intergranular consiste num ataque corrosivo
localizado nos limites de grão ou em zonas adjacentes aos limites de grão de
uma liga metálica. Em condições normais, se um metal é corroído uniformemente,
os limites de grão são apenas ligeiramente mais reactivos do que o material do
interior dos grãos. No entanto, noutras condições, os limites de grão podem ser
muito reactivos, dando origem a corrosão intergranular com perda de resistência
mecânica da liga, ou mesmo provocando a sua desintegração pelos limites de
grão.
A norma ASTM A262 (Práticas normalizadas para a detecção da
susceptibilidade ao ataque intergranular em aços inoxidáveis austeníticos)
prevê algumas práticas para detecção da susceptibilidade ao ataque
intergranular.
A prática A é um ensaio simples e rápido e que permite ou a
aprovação do material) ou indica a necessidade de um teste adicional, consiste
num ataque electrolítico numa solução de ácido oxálico.
As práticas B, C e F baseiam-se na determinação da perda de
massa o que permite o cálculo da taxa de corrosão do material possibilitando
assim, uma avaliação quantitativa do desempenho relativo do material ensaiado.
Nestes procedimentos as amostras são submetidas a ensaios de
imersão em diferentes soluções ferventes por períodos entre as 24 e as 120
horas (5 dias). Estes procedimentos avaliam a susceptibilidade, de um aço
inoxidável, à corrosão intergranular associada à precipitação de carbonetos de
crómio nas fronteiras de grão.
A prática E não detecta susceptibilidade ao ataque
intergranular associada à fase sigma.
Neste procedimento as amostras são submetidas a um ensaio de
imersão numa solução fervente de Cobre – 16% Sulfato de cobre - Ácido
Sulfúrico, por pelo menos 15 horas. Após o ensaio de imersão as amostras são submetidas a um
ensaio de dobragem a 180°.
A avaliação da susceptibilidade à corrosão intergranular é
feita, neste caso, através da observação macroscópica da superfície de dobragem
das amostras e verificação do aparecimento ou não de fissuras.
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