sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Norma NP EN ISO 7010:2013, símbolos gráficos, côres de segurança e sinais de segurança



Está já disponível a norma portuguesa NP EN ISO 7010:2013 que se destina a ser utilizada para assegurar que existe um único sinal para cada informação de segurança.
Num mundo cada vez mais globalizado onde as pessoas e produtos circulam com mais frequência, é necessário que qualquer informação de segurança seja perfeitamente entendida por qualquer pessoa do mesmo modo, em qualquer lugar.
A norma pode ser adquirida no IPQ.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Certificação e Acreditação: duas perspetivas num laboratório de metrologia

 
 
Foi recentemente publicado na revista TMQ - Techiniques, Methodologies and Quality (nº4/2013) da APQ - Associação Portuguesa para a Qualidade, um artigo com o título Certificação e Acreditação: duas perspetivas num laboratório de metrologia da autoria do Eng. José Barradas do Laboratório de Metrologia do CATIM e do Eng. Paulo Sampaio do Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
 
Resumo
 
Na última metade do século passado, o número de organizações Portuguesas com certificação da qualidade tem aumentado, tal como tem sucedido na grande maioria dos países. De acordo com a norma ISO 9001, todas as organizações certificadas devem calibrar os seus equipamentos de medição. Para isso as organizações recorrem a laboratório de metrologia.
Atualmente existem organizações/entidades com os seus Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) certificados pelo referencial ISO 9001 e que possuem laboratórios de metrologia. Por outro lado, existem também entidades com laboratórios acreditados pela norma ISO/IEC 17025. Por fim existem as organizações/entidades que têm o seu SGQ certificado pela norma ISO 9001 e também o seu laboratório de metrologia acreditado pela norma ISO/IEC 17025.
Assim, o objetivo deste trabalho de investigação é o de analisar o nível de importância das normas ISO 9001 e ISO/IEC 17025 para um laboratório de metrologia a fim de alcançar a qualidade e a melhoria contínua.
Dos dados obtidos através dos casos de estudo investigados conclui-se que a certificação segundo a norma ISO 9001 é uma abordagem importante para os laboratórios que efetuem calibrações/verificações internas, enquanto que a acreditação segundo a norma ISO/IEC 17025 é o reconhecimento mais importante para os laboratórios de metrologia. Contudo, caso os laboratórios trabalhem de acordo com a norma ISO 9001 e a norma ISO/IEC 17025 conseguem transmitir de forma mais eficaz a qualidade dos serviços do laboratório.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

30 Anos do SPQ


 
A Edição 3 da revista Qualidade da APQ, Associação Portuguesa para a Qualidade, foi dedicada aos 30 Anos do SPQ - Sistema Português da Qualidade. Tomando em consideração o facto de ser do CATIM o laboratório de metrologia com acreditação mais antiga no âmbito do Sistema Português da Qualidade, a APQ convidou o CATIM a fazer o seu testemunho sobre o tema, tendo este ficado a cargo do Eng. Francisco Alba.
 
 
O ano de 1983 foi um ano peculiar
Foi criado o SNGQ – Sistema Nacional de Gestão da Qualidade (depois alterado para SPQ – Sistema Português da Qualidade) mas também foram criados os centros tecnológicos pelo Decreto-lei nº 461/83. Foi ano de criação de sistema e infra-estruturas relevantes para a actividade industrial em particular e para a economia em geral, que hoje perduram e que continuam a cumprir a Missão a que foram destinadas.
....
ver artigo completo: link

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fortíssimo: simulação numérica ao alcance das PME ibéricas!

5.000.000€ para experiências de simulação numérica
ao alcance das PMEs ibérias

A Comissão Europeia identificou dentro do seu programa de Fábricas do Futuro, que a modelação e simulação é uma ferramenta chave para a competitividade das Pequenas e Médias Empresas da manufactura Europeia, juntamente com outras Tecnologias da Informação e das Comunicações, como a robótica.
Assim criou-se uma iniciativa denominada I4MS (ICT Innovation for Manufacturing SMEs – Innovación TIC para as PMEs manufatureiras) que está a financiar diversos projectos avaliadores das possibilidades destas tecnologias. Dentro deste programa, o centro de infraestruturas e serviços CESGA, o centro tecnológico AIMEN e a empresa de engenharia Texas Controls, participam no projeto FORTISSIMO.

Este projecto pretende dinamizar a inovação na PME manufatureiras e de engenharia, através do uso de infraestruturas cloud para computação de altas prestações. O Projeto FORTISSIMO está parcialmente financiado pelo Sétimo Programa Marco da União Europeia (FP7/2007- 2013), contrato n° 609029.

Entre outras responsabilidades, CESGA encarrega-se de facilitar a preparação de propostas de experiências por parte de PMEs em Espanha e Portugal. O CATIM colabora com o CESGA na identificação de potenciais empresas portuguesas interessadas e a acompanhará as empresas se o seu interesse se vier a efectivar.
Neste momento já estão em curso 20 projectos dos 50 que se esperam que possam ser atingidos.`
O FORTÍSSIMO financia experiências inovadoras que possam contribuir para a concepção e demonstração de serviços de computação de alta prestação em CLOUD.
Programa FORTÍSSIMO:
  • Financiamento total: 5 milhões de euros
  • Financiamento por cada experiência: 250.000 €
  • Data limite para enviar propostas: 02 de Janeiro de 2014 (17:00h CET)
  • Data previstas para a execução: 01 de Julho de 2014 a 31 de Dezembro de 2015
INFORMAÇÕES:

    Colaboração no post: Luís Rocha

      quinta-feira, 21 de novembro de 2013

      Avaliação da responsabilidade ambiental de uma PME do sector da metalomecãnica


      A responsabilidade por danos ambientais constitui um instrumento legal de protecção do ambiente actualmente em vigor em Portugal e na Europa. Segundo a legislação vigente, aprovada pelo Decreto-Lei nº 147/2008, de 29 de Julho, todas as organizações causadoras de danos ou ameaças eminentes no ambiente são obrigadas a realizar medidas de reparação (primária, complementar ou compensatória), necessárias á restituição da situação anterior à ocorrência do dano ambiental. São também responsáveis por suportar os custos associados a essas medidas de reparação.
      Neste contexto, existem várias organizações de pequena e média dimensão, com riscos ambientais moderados e com escassez de recurso técnicos e financeiros, que se confrontam com a necessidade de avaliar riscos ambientais associados às actividades, bem como determinar os custos que poderão resultar da implementação das eventuais medidas de reparação. Salienta-se, no entanto, que a legislação vigente não especifica a metodologia a usar para avaliação da responsabilidade por danos ambientais.
      O trabalho realizado, apresentado no 10ª CNA - Conferência Nacional do Ambiente, 6 e 8 de Novembro 2013 em Aveiro, consistiu na definição e aplicação de uma metodologia para a identificação dos eventuais danos ambientais causados pela actividade de uma instalação industrial do sector da metalomecânica existente no distrito de Aveiro, e de cálculo dos custos associados à reparação dos danos.
      O trabalho foi realizado por Patrícia Soares da Unidade de Ambiente e Segurança do CATIM, com a colaboração académica dos professores Belmira Neto do CEMUC  e António Fiúza do Departamento de Engenharia de Minas,  ambos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
      Este trabalho foi realizado em 2011 para obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente - Ramo de Gestão, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
       
      Apresentação no 10º CNA: link
       
      Trabalho: link
       
      Colaboração no post: Patrícia Soares - Unidade Ambiente e Segurança

      quarta-feira, 20 de novembro de 2013

      Incertezas nas calibrações e medições, formação em Dezembro!


      Acção de Formação
      2, 4, 9 e 11 de Dezembro

      A participação nesta ação permitirá aos formandos a aquisição de competências para distinguir conceitos de erro e incertezas, interpretar documentos europeus/nacionais relacionados com incertezas aplicáveis em calibrações/ensaio, definir o modelo matemático para resolução de estimativa de incertezas em ensaios e desenvolver e aplicar às calibrações internas os procedimentos para a estimativa de incertezas em instrumentos de medição universais.

      Horário: 9:30 às 17:30
      Local: CATIM Porto

      PROGRAMA:
       
      MÓDULO I (2H): Definições e Conceitos Básicos
      - Termos metrológicos, erros, sua minimização e correção.

      MÓDULO II (11H): Incerteza (termos básicos) e estatística (sua aplicação ao estudo de incertezas)
      - Análise de documentação relevante / EA-4/01 – Expression of the Uncertainty of Measurement in Calibration – EA-4/16 – EA guidelines on the expression of uncertainty in quantitative testing
      - Guia para a expressão da incerteza de medição no laboratório de calibração (IPQ-2005)

      MÓDULO III (15H): Estimativa da Incerteza Padrão
      - Modelo Matemático
      - Estimativa da incerteza tipo A
      - Estimativa da incerteza tipo B
      - Estudo dos casos de aplicação de coeficiente de sensibilidade
      - Determinação da incerteza de padrão combinada
      - Expressão da incerteza expandida
      - Estudo de graus de liberdade efetivos
      - Estudo de casos aplicáveis a calibração interna de instrumentos utilizados correntemente em empresas metalomecânicas
      - Estudo de casos aplicáveis a laboratórios de ensaios físicos

      Inscrições: aqui

      Colaboração no post: Patrícia Fernandes, Serviço de Formação

      segunda-feira, 18 de novembro de 2013

      Colaboração Portugal - Brasil: formação em segurança de Máquinas para o SENAI


      Realizou-se nos passados dias 11 e 12, uma acção de formação em Segurança de Máquinas para 3 especialistas do Centro Internacional de Inovação do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Brasil, a maior e mais prestigiada instituição de formação profissional da América Latina, responsável desde 1942 pela formação de mais de 55 milhões de profissionais. Esta instituição recebe actualmente cerca de 2,5 milhões de matrículas distribuídas por 3000 cursos de 28 áreas industriais, que vão desde a aprendizagem profissional, o ensino técnico de nível médio, formação superior e pós-graduação.
       
      A acção de formação, a cargo da Unidade de Engenharia e Segurança de Equipamentos do CATIM e monitorizada pelo Eng. Alberto Fonseca desenvolveu-se ao longo de 2 dias com o seguinte programa:
      - Marcação CE
      - Apreciação do risco
      - Circuitos de comando de máquinas
       
      Este acção é a continuação de outras iniciativas de colaboração entre o CATIM e instituições do Brasil relacionadas com a temática da segurança de máquinas desde 2008, confirmando a forte imagem que a equipa de segurança de máquinas conseguiu construir ao longo dos anos. Ainda este ano a Engª Filipa Lima da mesma unidade foi convidada a participar como oradora num seminário sobre este tema no âmbito do Projeto "Diálogos Setoriais Brasil - União Europeia em Segurança e Saúde no Trabalho", realizado em Brasília.
       
      Ao SENAI e em especial aos senhores engenheiros Bruno Caruso Bilbao Adad, Júlio Cesar Doneda e Luiz Orlando da Silva Rocha que nos honraram com a sua presença, os nossos mais sinceros agradecimentos pela confiança depositada no CATIM.

      quinta-feira, 14 de novembro de 2013

      Interpretação de Desenho Técnico, formação 20 e 21 de Novembro


      O CATIM está a organizar mais uma edição da ação de formação “Interpretação de Desenho Técnico”.
      A participação nesta ação permite aos formandos melhorar as competências para a correta leitura e interpretação de desenhos técnicos, permitindo-lhes reconhecer os detalhes e as perspetivas de projetos industriais, identificando suas principais simbologias e normas técnicas aplicáveis.

      Datas: 20 e 21 de Novembro de 2013
      Horário: 9:30 às 17:30
      PROGRAMA
      MÓDULO I (11H): Desenho técnico - Aspetos gerais
      - Cotagem, Cortes e Seções;
      - Toleranciamento dimensional (desvios);
      - Toleranciamento geométrico (Posicionamentos);
      - Normas relacionadas com desenho técnico.
      MÓDULO II (3H): Casos práticos
      Inscrições aqui: link
       
      Colaboração no post: Patrícia Fernandes

      quarta-feira, 13 de novembro de 2013

      Corrosão intergranular: ensaio de acordo com a ASTM A262

       
       
      ASTM A262 - Práticas normalizadas para a detecção de susceptibilidade ao ataque intergranular em aços inoxidáveis austeníticos
      Prática B: ensaio em solução de Sulfato de ferro-ácido Sulfúrico

      A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos de grão, observando-se que os grãos vão sendo destacados à medida que a corrosão se propaga.
      O principal factor responsável pela diferença na resistência à corrosão da matriz (material no meio do grão) e do material vizinho ao contorno de grão, é a diferença que apresenta a composição química nestes locais.
      No caso da corrosão intergranular dos aços inoxidáveis, a diferença na composição química deve-se à formação de uma zona empobrecida em crómio nas vizinhanças dos contornos de grão, em consequência da precipitação de carbonetos de crómio.
      A formação desta zona empobrecida em crómio chama-se sensibilização, porque torna o material sensível à corrosão intergranular.

      O exame metalográfico por si só geralmente, não é capaz de detectar a susceptibilidade à corrosão intergranular, sendo necessária a realização de ensaios específicos para esta finalidade.
      Existem diversos ensaios para se verificar a susceptibilidade à corrosão intergranular, sendo que os mais comuns se encontram descritos na norma ASTM A 262.
      Um destes, a prática B, baseia-se na determinação da perda de massa, o que permite o cálculo da taxa de corrosão do material, possibilitando assim uma avaliação quantitativa do desempenho relativo do material ensaiado.
      Neste procedimento as amostras são submetidas a um ensaio de imersão numa solução fervente de sulfato de ferro - 50% ácido sulfúrico por 120 horas (5 dias). Este procedimento avalia a susceptibilidade de um aço inoxidável ou de uma liga de níquel ,à corrosão intergranular associada à precipitação de carbonetos de crómio nas fronteiras de grão.

      Colaboração no post: Joana Leal, Laboratório de Ensaios

      segunda-feira, 11 de novembro de 2013

      F1 in Schools Portugal 2013 - 2014: abertas as inscrições!



      Um sucesso permanente!
      E agora estão abertas as inscrições de equipas para a época 2013 - 2014!


      O F1 nas Escolas é um desafio multidisciplinar, no qual estudantes empregam software CAD/CAM para colaborarem, conceberem, analisarem, construirem, testarem e, posteriormente, correrem com miniaturas de automóveis construídos em madeira balsa e propulsionados a ar.
      O desafio inspira os estudantes a utilizarem novas tecnologias para a aprendizagem de física, aerodinâmica, concepção, construção, desenvolvimento de marcas, grafismo, patrocínios, marketing, trabalho de equipa/liderança, competências de comunicação e estratégia financeira, aplicando-os de forma prática, imaginativa, competitiva e entusiasmante.

      Esta competição é aberta a todos os jovens estudantes até ao 12º ano ou equivalente, e que estejam a frequentar o ensino do 3º ciclo ou secundário, com idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos. 
       
      Inscrições e informações em www.f1inschools.com.PT

      A COMPETIÇÃO PASSO-A-PASSO

      1. FORMAR A EQUIPA
      Forma uma equipa de 3 a 6 elementos, escolhe um nome para a equipa, e em conjunto decidam as funções da equipa: Team Leader, Diretor de Recursos, Engenheiro de Produção, Engenheiro de Design e Designer Gráfico.
      2. ESTRATÉGIA E PLANO DE MARKETING
      Prepara o teu plano de negócios, planeia o teu orçamento e procura patrocinios. Procura a ajuda das empresas e da indústria.
      3. DESIGN
      Usa o software da Autodesk para desenhar o carro para a competição seguindo as regras internacionais de construção.
      4. ANÁLISE
      A aerodinámica também é analisada com a ajuda da AUTODESK usando software de avalia os coeficientes de atrito num tunel virtual.
      5. MAQUINAÇÂO
      Usa o software 3D CAM para deliniares a melhor estratégia de maquinação para o carro.
      6. TESTES
      A aerodinámica é testada em tuneis de vento.
      7.STAND
      Planeia e estrutura o Stand da tua equipa de modo a mostrar todas as etapas do trabalho desenvolvido. A identidade da equipa deve ser destacada.
      8. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
      Os carros são avaliados por um júri especializado que vai comprovar se cumpre todas as regras e regulamentos.
      9. JÚRI DE ENGENHARIA
      O Júri de Engenharia vai questionar as equipas sobre as decisoes tomadas na construção do carro e seu design.
      10. APRESENTAÇÃO VERBAL
      Prepara uma apresentação, em Inglês, para impressionares o Júri relatando todos os aspetos do projeto. Tens 10 minutos para apresentar.

       
      11. JÚRI PORTFÓLIO E MARKETING
      Desenvolve um documento de 20 páginas em A3 para documentares todo o trabalho da equipa.
      12. CORRIDAS
      Aqui vais testar o carro que a equipa desenvolveu e lembramos que a velocidade é fundamental para a vitória!


      Participa nas finais Regionais, apura-te para o campeonato Nacional e ganha a passagem para o Campeonato do Mundo.


      Colaboração no post: Luís Rocha

      quinta-feira, 7 de novembro de 2013

      Árvore de eventos

       
      A construção de árvores de eventos é considerada uma ferramenta muito poderosa na identificação e quantificação de possíveis consequências de um dado evento inicial, auxiliando as organizações nas tomadas de decisão.
      A metodologia baseia-se no princípio de identificação e análise de eventos consequentes, com determinação das probabilidades de ocorrência de um dado acontecimento e, eventualmente, os custos associados. O objetivo deste método é permitir ao analista decidir qual a melhor opção a tomar ou ainda a definir prioridades de atuação, conforme o binómio gravidade × probabilidade de ocorrência.
      Esta ferramenta apresenta inúmeras aplicações, por exemplo:
      -  Apreciação de riscos (projetos, novos processos e produtos, ambientais, higiene e segurança,…);
      - Estudo de falhas (sistemas, componentes, equipamentos, …);
      - Auxilio na tomada de decisão;
      - Previsão de situações a ocorrer (através do cálculo da probabilidade de ocorrência e custo associado).
      Esta ferramenta permite ao gestor decidir com base em elementos concretos, conhecendo de antemão possíveis resultados e antever situações indesejáveis, sendo possível atuar ou seguir por outro caminho (nomeadamente em projetos). Assim, será possível a tomada de decisão com base na maximização dos proveitos ou minimização dos riscos, consoante a estratégia da empresa.

      Colaboração no post: Cláudia Pires - Unidade da Qualidade e Inovação

      segunda-feira, 4 de novembro de 2013

      Segurança de Máquinas, reunião do ISO/TC 30 SC10

      Decorreu nos dias 14 e 15 deste mês de Outubro, nas instalações da VDMA, em Frankfurt, a reunião plenária do comité internacional de normalização ISO/TC 30 SC 10 – Machine tools – Safety. De referir que o plenário deste comité não se reunia desde 2009 porque, para tanto não houve necessidade desde então.
      Na reunião estiveram 25 pessoas, em representação de 10 países (Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos da América, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça. Portugal esteve representado pelo presidente da CT 40, suportada pela ONS CATIM, Eng. Alberto Fonseca. De salientar que alguns países, a Alemanha e o Japão, por exemplo, integravam nas suas delegações pessoas provenientes dos fabricantes de máquinas-ferramentas, cuja participação nestas reuniões, pelo saber e saber fazer, é sempre uma mais valia.
      De entre os muitos assuntos constantes da agenda destacam-se:
      - O trabalho do WG 1 que está empenhado em fundir as normas do ISO e do CEN, sobre segurança das prensas mecânicas, hidráulicas e pneumáticas, tendo em vista a publicação de normas comuns EN ISO aplicáveis a estas máquinas.
       
      - Gerou um interessante, aceso e frutífero debate a questão relacionada a apreciação do risco nos tornos, em particular, e nas máquinas em geral. Foram apresentadas duas versões do  procedimento de Risck Assessment, uma mais alargada que outra, com o objectivo de harmonizar, e de algum modo “universalizar”, as cláusulas correspondentes em todas as partes da norma ISO 23 125 – Machine tools –Safety – Turning machines. Estas versões foram amplamente discutidas tendo o plenário decidido pela não “universalização” do procedimento e remetido para os grupos de trabalho, onde tomam parte peritos que bem conhecem as máquinas, a tarefa de adequar a cada caso o procedimento de apreciação e análise de riscos.
      - Foi igualmente objecto de aprofundada discussão a questão levantada, também no seio do WG3, relacionada com o “modo especial de funcionamento” dos tornos e das máquinas em geral. Embora a maioria dos presentes tenha levantado sérias reservas à possibilidade de as máquinas disporem deste modo de funcionamento, o qual, pelos seus propósitos permite a operação com a inibição de funções de segurança, o plenário acabou por concluir que, em certos casos o “modo especial” é necessário e adoptou uma resolução no sentido de o WG3 elaborar a parte 2 da ISO 23 125 sob a forma de Relatório Técnico cujo título é Examples for the application of optional special mode for manual interventivon under restricted operation conditions
       
      - Outro aspecto não menos debatido foi a proposta apresentada pela delegação chinesa, e apoiada pela japonesa, para elaboração de uma especificação técnica (IEC/TS 60 204-34) sobre os requisitos de segurança eléctricos aplicáveis às máquinas ferramentas, argumentando que o objectivo desta especificação técnica era, fundamentalmente, ensinar estas matérias na “grande China”, onde, contrariamente ao que acontece na Europa, as dificuldades de divulgação e disseminação deste conhecimento existem. Vários países exprimiram a sua preocupação com a possibilidade de se vir a elaborar e adoptar o documento proposto pela China, tendo o plenário decidido que será mais ajustado elaborar um guia de aplicação da norma IEC 60 204-1, sob a forma de Relatório Técnico e adoptou uma resolução nesse sentido solicitando ao ISO/TC 39 que transmita esta resolução ao comité electrotécnico internacional IEC/TC 44.
      A próxima reunião plenária do ISO/TC 39 SC10 ficou agendada para 2016, em data e local a definir posteriormente.

      Mensagem: colaboração Alberto Fonseca